Motta destacou a urgência de um Conselho de Segurança mais representativo, com maior inclusão de países do Sul Global, como pré-requisito para a promoção da paz e estabilidade internacional. Além disso, ele defendeu uma reforma na Organização Mundial do Comércio (OMC) que leve em conta as necessidades dos países em desenvolvimento, sugerindo um tratamento diferenciado nas relações comerciais e a restauração de um sistema eficaz de resolução de disputas comerciais.
Fausto Pinato, coordenador parlamentar do BRICS na Câmara, reiterou essa necessidade, argumentando que a expansão do grupo apresenta uma oportunidade ímpar para fortalecer as alianças entre países com diferentes capacidades industriais e agrícolas. Ele criticou a hegemonia de um único país, referindo-se aos Estados Unidos, e afirmou que o mundo precisa de parcerias equitativas, em vez de uma “xerifagem” marcada por ameaças.
O senador Humberto Costa, também coordenador do BRICS, reafirmou a posição das nações envolvidas, que não se consideram periféricas e querem ocupar um papel central na nova ordem mundial, solicitando reconhecimento como atores de peso na geopolítica atual.
Durante o evento, foram destacados aspectos da agenda legislativa do BRICS, que inclui temas como saúde global, desenvolvimento econômico, mudança climática e governança da inteligência artificial. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, enfatizou a importância do diálogo internacional, citando a ampla participação das mulheres parlamentares nas discussões, o que reforça o caráter inclusivo do bloco.
Com o BRICS representando mais de um terço da economia global e uma significativa parte do comércio internacional, os participantes do fórum deixaram claro que o grupo se posiciona como uma força unida em prol de uma ordem mundial mais equitativa e sustentável em um momento de crescente complexidade nas relações internacionais.