CAMARA DOS DEPUTADOS – A empresa encarregada da Transnordestina solicita desbloqueio de recursos do governo para finalizar a construção da obra.

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) fez um apelo nesta terça-feira (15) pela liberação de dinheiro público para viabilizar a conclusão da ferrovia Transnordestina. Segundo o presidente da Transnordestina Logística (TLSA), Tufi Daher Filho, a empresa precisará disponibilizar R$ 3 bilhões dos R$ 7,8 bilhões necessários para finalizar o projeto.

Durante uma reunião da Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados, Tufi discutiu as estimativas de custo para a obra, que visa conectar o Piauí ao Porto de Pecém (CE). Ele informou que os recursos restantes deverão vir de operações com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e com o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE).

O presidente da TLSA ressaltou a importância de liberar esses recursos o quanto antes, devido ao custo da correção do dinheiro parado, que chega a mais de R$ 8 milhões por mês. Ele também destacou que a ferrovia tem um dos menores custos por quilômetro do mundo.

Além da liberação de recursos, a CSN também planeja pleitear a carência de cinco anos para o pagamento de suas dívidas junto aos fundos de investimento. O objetivo é concentrar os próximos investimentos nas obras e não na amortização das dívidas.

Apesar de a CSN ser responsável por 81% do financiamento da Transnordestina, Daher pontuou que a construção de uma ferrovia desse porte deveria ser realizada pelo Estado e depois concedida à iniciativa privada.

Durante a reunião, deputados da bancada de Pernambuco criticaram a retirada do trecho que ligaria a cidade de Salgueiro até o Porto de Suape da concessão assumida pela CSN. Eles avaliaram essa decisão como uma falha de integração regional.

Por outro lado, o deputado Pedro Campos (PSB-PE) ressaltou a sinalização favorável do presidente Lula para a inclusão de Suape. Ele acredita que os estados de Pernambuco, Ceará e Piauí têm capacidade de discutir essas questões e encontrar um acordo.

Segundo o representante do Ministério dos Transportes, as etapas que precedem a concessão do trecho de Pecém devem ser iniciadas em 2024, com licenciamentos e desapropriações. Em seguida, será avaliado o interesse do setor privado em investir na obra.

O governo reiterou seu compromisso com a visão da “Transnordestina completa” e ressaltou a necessidade de fazer o trecho pernambucano em conjunto com o governo do estado, fortalecendo o pacto federativo.

Portanto, a CSN faz um apelo pela liberação de recursos públicos para finalizar a ferrovia Transnordestina e espera contar com a parceria do governo nessa empreitada que beneficiará a região Nordeste do Brasil.

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