Câmara deve votar projeto que proíbe delação premiada de investigados presos; Palácio do Planalto não vê urgência, mas Arthur Lira indica avanço.



Na tarde desta quarta-feira, a Câmara dos Deputados deve votar o requerimento de urgência para o projeto que proíbe a delação premiada de investigados, réus ou condenados que estejam presos. O texto, que foi apresentado há oito anos, finalmente saiu da gaveta na semana passada e tem gerado intensos debates no cenário político nacional.

Após um adiamento na primeira sessão em plenário da semana, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), indicou que o tema será levado adiante, mesmo com a posição contrária do Palácio do Planalto, que afirmou que a medida não era prioritária. O projeto, originalmente proposto por um petista, tem conquistado apoios em diferentes correntes da Casa, como PT, Centrão e PL.

O dia no Congresso desta terça-feira foi marcado pela apresentação da proposta que aumenta a possibilidade de punição a deputados que brigarem na Câmara, feita por Arthur Lira, e pela devolução da Medida Provisória que altera regras do PIS/Cofins pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

O projeto antidelação, que ainda não tem um relator definido, une diferentes posicionamentos e prevê que as delações sejam feitas de forma voluntária, sem privação cautelar de liberdade, além de permitir que terceiros implicados contestem a validade do acordo.

O deputado Luciano Amaral (PV-AL) defende que a proposta não seja utilizada para anular delações já homologadas, evitando assim retrocessos e riscos de insegurança jurídica. No entanto, há quem veja a possibilidade de o texto ser utilizado para invalidar colaborações passadas, como a do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, o que poderia ter impactos em casos envolvendo o ex-presidente Lula.

Com opiniões divergentes e muitas discussões em curso, a votação do requerimento de urgência para o projeto antidelação promete ser um dos pontos altos da semana no cenário político nacional, com repercussões que podem ir além do Congresso e atingir outros setores da sociedade.

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