O vereador justificou a criação da lei como uma forma de combater o que ele considera “cristofobia”. Leite argumentou que a utilização de ícones cristãos de modo ofensivo fere a sensibilidade de muitos cidadãos que mantêm a fé. “Agora, quem usar trajes de Cristo ou de freira dançando no Carnaval pode esperar uma multa”, afirmou o legislador, enfatizando a importância do respeito aos símbolos religiosos.
Além das multas para foliões, o projeto também tem implicações para artistas que utilizarem essas fantasias ou encenações durante seus shows. A proposta estabelece que tais artistas não poderão ser contratados para eventos promovidos pela Prefeitura, incluindo não só o Carnaval, mas também outras festividades tradicionais, como a célebre Lavagem do Bonfim. Este aspecto da lei sugere uma tentativa de proteger a integridade cultural e religiosa da cidade em eventos que atraem tanto turistas quanto locais.
Agora, o Projeto de Lei segue para a sanção ou veto do prefeito Bruno Reis, do União, que terá a palavra final quanto à aplicação da medida. A perspectiva de uma decisão por parte do gestor municipal promete acirrar um debate entre a liberdade de expressão cultural e o respeito a símbolos religiosos, temas que frequentemente geram discussões acaloradas na sociedade contemporânea.
À medida que a cidade se aproxima das festividades, as implicações dessa medida legislativa despertarão atenção de diversos setores, especialmente dos artistas e grupos que atuam durante o Carnaval, levantando questionamentos sobre os limites da criatividade e do respeito no cenário cultural vibrante de Salvador.
