A situação se agravou quando Madson, ao ser comparado ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, reagiu de maneira ríspida, afirmando de forma irônica: “Corte a palavra do rapaz aqui. Eu sou o Alexandre de Moraes mesmo.” A frase, gravada durante a sessão, rapidamente ganhou repercussão nas redes sociais, gerando debates acalorados sobre a liberdade de expressão e o papel dos parlamentares.
Esse não é um caso isolado na gestão de Madson Monteiro, que já foi acusado anteriormente de barrar intervenções de outros oradores em plenário. Em uma ocasião anterior, ele teria impedido o ex-secretário de Cultura, Cássio Júnior, de se pronunciar sobre questões pertinentes à gestão cultural do município. Essas atitudes levantam dúvidas sobre o espaço dado ao debate democrático na Câmara.
A Câmara de Vereadores de Palmeira dos Índios se defendeu ao afirmar que o regimento da casa permite a suspensão da fala de um convidado se este quebrar o decoro estabelecido. O regimento interno, conforme expresso, proíbe manifestações do público durante as deliberações, com o intuito de garantir a ordem e o respeito nas reuniões. O artigo 217 diz que, se necessário, a segurança pública pode ser acionada para retirar infratores e preservar a continuidade dos trabalhos.
Apesar da necessidade de ordem nas sessões, a participação cidadã é um pilar essencial da democracia. Para isso, a Câmara disponibiliza diversos canais de comunicação, permitindo que a população acompanhe e participe dos debates de forma construtiva, sem interrupções. A situação em Palmeira dos Índios, no entanto, levanta a questão sobre até que ponto esse espaço de participação é respeitado na prática.