Câmara de Palmeira dos Índios vive momento tenso após presidente cortar fala de psicólogo; comparação a Alexandre de Moraes gera repercussão nas redes sociais.



Na última quarta-feira, dia 28, a Câmara Municipal de Palmeira dos Índios foi palco de um incidente polêmico que levantou questões sobre a liberdade de expressão e a condução dos trabalhos legislativos. O presidente da Câmara, Madson Monteiro, interrompeu de forma abrupta a fala do psicólogo Jorge Vieira, que estava na tribuna como convidado. A interrupção ocorreu no momento em que Vieira criticou a postura de Madson, que teria ameaçado chamar a polícia para contornar manifestações da plateia.

A situação se agravou quando Madson, ao ser comparado ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, reagiu de maneira ríspida, afirmando de forma irônica: “Corte a palavra do rapaz aqui. Eu sou o Alexandre de Moraes mesmo.” A frase, gravada durante a sessão, rapidamente ganhou repercussão nas redes sociais, gerando debates acalorados sobre a liberdade de expressão e o papel dos parlamentares.

Esse não é um caso isolado na gestão de Madson Monteiro, que já foi acusado anteriormente de barrar intervenções de outros oradores em plenário. Em uma ocasião anterior, ele teria impedido o ex-secretário de Cultura, Cássio Júnior, de se pronunciar sobre questões pertinentes à gestão cultural do município. Essas atitudes levantam dúvidas sobre o espaço dado ao debate democrático na Câmara.

A Câmara de Vereadores de Palmeira dos Índios se defendeu ao afirmar que o regimento da casa permite a suspensão da fala de um convidado se este quebrar o decoro estabelecido. O regimento interno, conforme expresso, proíbe manifestações do público durante as deliberações, com o intuito de garantir a ordem e o respeito nas reuniões. O artigo 217 diz que, se necessário, a segurança pública pode ser acionada para retirar infratores e preservar a continuidade dos trabalhos.

Apesar da necessidade de ordem nas sessões, a participação cidadã é um pilar essencial da democracia. Para isso, a Câmara disponibiliza diversos canais de comunicação, permitindo que a população acompanhe e participe dos debates de forma construtiva, sem interrupções. A situação em Palmeira dos Índios, no entanto, levanta a questão sobre até que ponto esse espaço de participação é respeitado na prática.

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