A retirada da LDO da pauta marca um posicionamento de resistência por parte da Câmara em relação ao Executivo municipal. A peça, essencial para o planejamento financeiro do município, tem sido alvo de pressão por parte da Prefeitura para uma aprovação rápida. No entanto, Madson Monteiro argumentou que a votação não é urgente, uma vez que a Prefeitura pode operar em janeiro utilizando 1/12 do orçamento anual, o que corresponde a R$ 43 milhões.
Apesar da ausência da LDO, os requerimentos direcionados à prefeita foram mantidos na pauta, com destaque para cobranças importantes sobre a administração municipal. Temas sensíveis como o destino dos recursos da Lei 2.425/2021, o andamento da obra de revitalização do açude do Goití e a utilização dos recursos dos precatórios do FUNDEF serão discutidos e poderão trazer à tona informações relevantes sobre a transparência da gestão.
Além dos questionamentos à prefeita, outros temas importantes serão abordados, como a precariedade do serviço de energia na zona urbana e rural, a situação do Instituto de Previdência Municipal e a criação do Diário Oficial Eletrônico da Câmara. A independência da Câmara em relação ao Executivo será posta à prova durante a sessão de segunda-feira, podendo demonstrar se o Legislativo está disposto a ser um fiscal atuante ou se irá se alinhar à vontade do governo municipal.
A sessão promete ser um momento de equilíbrio de forças entre os poderes e será crucial para a análise da real autonomia do Legislativo. A população, que espera transparência e comprometimento de seus representantes, deve acompanhar de perto os desdobramentos desse encontro entre os poderes públicos.