A deliberação sobre a moção não ocorreu sem controvérsias. A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) impugnou a proposta, forçando assim uma votação em plenário. O registro da oposição a essa moção foi feito exclusivamente pelos vereadores do PT, com destaque para Juliana Santos e Helton Júnior, que se manifestaram contrários ao movimento. Em contraste, a Moção 152/2025, que foi apresentada por Pedro Rousseff em apoio ao ministro Moraes, permanece ainda sem votação definida.
Durante o debate, o vereador Bruno Pedralva, também do PT, enfatizou os crimes apontados por Moraes no relatório contra Bolsonaro, afirmando que “pela primeira vez na história, o golpista vai, sim, para o banco dos réus.” Essa afirmação ressoa em um clima de acirramento, acentuando as divisões entre os vereadores. Por sua vez, o vereador Vile, do PL, comentou que a moção representa um “recado da Câmara Municipal para Alexandre de Moraes”, sublinhando, assim, a intenção simbólica que permeia a proposição.
Esse episódio ilustra a crescente polarização política que se verifica não apenas na Câmara Municipal, mas também nas estruturas políticas de Minas Gerais. A atitude de declarar um ministro do STF “persona non grata” reflete um ambiente tenso e divisório, que promete repercutir nas discussões futuras sobre o papel das instituições e a relação entre os poderes em nível federal e municipal.