Nos últimos dias, houve um aumento nas pressões de líderes do Centrão, que antes demonstravam resistência à proposta de anistia. Agora, esses líderes têm solicitado que o tema ganhe prioridade na pauta da Câmara. Contudo, ao ser questionado sobre o andamento do projeto, Motta foi categórico: “Não, não há previsão nem de pauta, nem de relator”.
A situação foi discutida em uma reunião anterior entre Motta e o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, do Rio de Janeiro. Durante o encontro, Sóstenes afirmou que o presidente da Câmara se comprometeu a pautar o projeto de anistia, embora sem definir uma data específica para isso. Além disso, o próprio Sóstenes mencionou que conversaram sobre a escolha do relator, com a expectativa de que Motta selecione alguém ligado a um dos partidos do Centrão. Apesar disso, os nomes permanecem em aberto, e há uma clara indicação de que não se tratará de um parlamentar do PL.
Com a recente saída do União Brasil e do PP do governo, a condução das negociações sobre a anistia parece ter ganhado uma nova dinâmica. A retirada de apoio desses partidos pode facilitar a aprovação do projeto sem que isso comprometa a base governista. É importante ressaltar que, mesmo após prometer à oposição que o projeto seria pautado em sua eleição em fevereiro, Motta tem se mostrado cauteloso, talvez temendo a repercussão de um avanço sobre um tema tão polêmico, especialmente considerando a posição contrária do governo em relação à proposta.
Com isso, a Câmara dos Deputados permanece em um cenário de incerteza, onde a discussão sobre a Anistia continua sem um rumo definido, refletindo a complexidade de um ambiente político onde alianças e estratégias estão em constante flutuação.