Segundo relatos de Rita, o motorista justificou sua ação afirmando que o equipamento destinado ao embarque de pessoas com deficiência estava com defeito. Após alguns minutos, o motorista desceu do ônibus para tentar acionar o elevador, mas, infelizmente, a falha persistiu. A cena, que ocorreu na Rua do Riachuelo, rapidamente atraiu o olhar de pedestres e motoristas que passavam pelo local.
Rita, que compete em modalidades esportivas como arco e flecha, corrida e tênis em cadeira de rodas, declarou que não é a primeira vez que enfrenta esse tipo de constrangimento. Após o incidente, ela precisou aguardar um ônibus diferente, da linha 410, que chegou pouco tempo depois. Durante sua espera, relatou ter sido ofendida por alguns passageiros do ônibus que passou sem parar.
“Perdi cerca de meia hora. Isso não é uma ocorrência isolada, já fui ignorada por ônibus muitas vezes”, desabafou Rita, enfatizando a falta de responsabilidade social e respeito em relação às pessoas com deficiência. Ela também mencionou que já havia recorrido à justiça em duas ocasiões devido a essas situações. “Estamos quase em 2026 e ainda enfrentamos esse tipo de problema. O transporte precisa melhorar, é um descaso enorme com quem é cadeirante.”
O objetivo de Rita naquele dia era chegar ao Jardim Botânico, onde retiraria o kit de participação para uma corrida marcada para o dia 31, onde competirá em um percurso de 7,5 quilômetros, com largada prevista para o Aterro do Flamengo. Após o transtorno, ela conseguiu enfim embarcar em outro ônibus e retirar o kit para a competição.
A situação gerou preocupação, levando o sindicato Rio Ônibus a se pronunciar sobre o ocorrido. Em resposta, informaram que o veículo quebrado será identificado e retirado de circulação para reparos, além de que o motorista receberá orientações sobre a situação. O episódio evidencia a necessidade urgente de melhorias no transporte público para garantir o respeito e a inclusão de todos os cidadãos.
