CADÊ A ÁGUA? Deputado Inácio Loiola Denuncia Crise de Abastecimento de Água no Sertão Alagoano e Tarifas Abusivas da Águas do Sertão



A crítica situação de desabastecimento de água que aflige o Sertão de Alagoas tornou-se o foco de um inflamado discurso do deputado Inácio Loiola, do MDB, que utilizou a tribuna para denunciar o quadro alarmante que atinge a região. Relatando visita em seu gabinete pela prefeita de Ouro Branco, Denyse Siqueira, Loiola destacou que a cidade enfrenta, há dois meses, uma completa ausência no fornecimento de água, realidade que, segundo ele, se estende também a outras localidades como Maravilha, Poço das Trincheiras e Delmiro Gouveia.

O gigante responsável pela distribuição de água na área, a empresa Águas do Sertão, que atua em 34 municípios, foi alvo das críticas do deputado. Loiola lembrou o compromisso assumido pela companhia de investir cerca de R$ 1,89 bilhão na infraestrutura de abastecimento e saneamento até 2030, salientando a falta de ação até o presente momento. Ele argumentou que o Sertão de Alagoas possui, aparentemente, recursos hídricos suficientes para atender a toda a demanda do estado, especialmente se considerada a vazão do Canal do Sertão e a proximidade do rio São Francisco.

Ainda no discurso, a cobrança de tarifas elevadas pela empresa foi exposta como outro problema enfrentado pelos consumidores, que, de acordo com o relato do deputado, vêm sendo prejudicados por uma companhia que aparentemente não tem cumprido suas obrigações com o estado. “A empresa está enganando o Estado de Alagoas, está nos enganando”, afirmou Loiola, refletindo o descontentamento dos habitantes locais.

As preocupações de Loiola encontraram eco em seu colega de parlamento, o deputado Delegado Leonam, que aproveitou a ocasião para lembrar que a falta de abastecimento não é um problema exclusivo do Sertão. Ele trouxe à tona a insatisfação semelhante vivida pela Região Metropolitana de Maceió, onde empresas como a BRK Ambiental e a Verde Alagoas têm sido criticadas pela prestação de serviços insatisfatórios. “Pagamos caro por um desserviço, seja pela falta de abastecimento ou, quando há, com água suja e barrenta”, assinalou Leonam, fazendo coro às reclamações e reiterando a urgência de uma solução para a crise hídrica que persiste em diversos pontos do estado.

Enquanto o debate sobre o abastecimento de água se intensifica, a pressão sobre as autoridades e empresas responsáveis aumenta, reforçando a necessidade de uma ação coordenada que consiga garantir um serviço básico e essencial à população alagoana, cujas vidas e rotinas continuam gravemente afetadas pela falta de água.

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