CACIQUES XAVANTES DA ETNIA HALITI-PARESI REPRESENTARÃO SETOR AGROINDÍGENA SEM PARTICIPAÇÃO DE ONGS NA CPI DA AMAZÔNIA

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que está investigando a atuação das organizações não governamentais (ONGs) na Amazônia realizará uma audiência pública na próxima terça-feira (24) para ouvir os caciques Graciano Aedzane Pronhopa e Arnaldo Tsererowe sobre o setor agroindígena. Os convites foram feitos por meio de requerimentos apresentados pelo senador Mauro Carvalho Junior (União-MT).

Os caciques são líderes indígenas xavantes do estado de Mato Grosso, porém, eles falarão à CPI representando tribos da etnia Haliti-Paresi. O presidente da comissão, senador Plínio Valério (PSDB-AM), explicou que os Haliti-Paresi são responsáveis por uma experiência de sucesso no setor agroindígena, sem a participação de ONGs.

“Essa comunidade indígena tem se destacado recentemente como os maiores agricultores de lavouras mecanizadas do mundo, sendo um exemplo de autonomia, liberdade e geração de emprego e renda. Eles são um exemplo de que é possível conciliar a preservação ambiental com a produção e ter autonomia”, destacou o senador Valério.

A audiência que ocorrerá na terça-feira será uma prévia da próxima diligência que será realizada pela CPI, que consiste em uma visita às terras dos Haliti-Paresi na Chapada dos Parecis, em Mato Grosso. A visita está marcada para a próxima sexta-feira (26).

A CPI foi criada com o objetivo de investigar possíveis irregularidades cometidas por ONGs na Amazônia, visando identificar se há desvios de recursos públicos, exploração ilegal de recursos naturais ou qualquer outra conduta ilícita envolvendo essas organizações.

Durante as audiências públicas da CPI, outras lideranças indígenas já foram ouvidas, como o cacique Raoni Metuktire, que denunciou a atuação de ONGs estrangeiras na região, afirmando que muitas vezes elas não atuam em benefício das comunidades indígenas, mas sim em seus próprios interesses.

A investigação promovida pela CPI é de extrema importância para a Amazônia e para as comunidades indígenas, na medida em que busca verificar se as ONGs estão realmente cumprindo seu papel de auxiliar e promover o desenvolvimento sustentável na região, ou se estão cometendo irregularidades. A visita às terras dos Haliti-Paresi será uma oportunidade de conhecer de perto uma experiência bem sucedida no setor agroindígena, sem a atuação das ONGs.

A CPI segue com suas investigações e as conclusões deverão ser apresentadas ao final dos trabalhos. É importante ressaltar que a realização dessas diligências e audiências públicas trazem transparência ao processo, permitindo a participação de todas as partes envolvidas e o esclarecimento dos fatos.

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