Caciques do Podemos revoltados com senadores que desistiram da candidatura independente à presidência do Senado no último minuto.



Os caciques do partido Podemos estão em pé de guerra com os senadores Marcos do Val (Podemos-ES) e Soraya Thronicke (Podemos-MS) devido à insistência de ambos em se lançarem como candidatos independentes à presidência do Senado. A discordância se intensificou no último sábado (1º/2), quando os dois senadores desistiram da disputa no dia da eleição, prejudicando o acordo anteriormente estabelecido entre a legenda e Davi Alcolumbre (União-AP) para assegurar um lugar na mesa diretora.

De acordo com mandatários do partido, a atitude dos senadores demonstrou que eles estavam pensando apenas em seus próprios interesses políticos, em detrimento do partido em um momento crucial para a bancada do Podemos no Senado. Lideranças da sigla chegaram a pedir para Marcos do Val tirar uma licença de seu mandato no Senado, evitando que estivesse presente na votação para a presidência da Casa Legislativa.

Além disso, no mesmo dia, os senadores Styvenson Valentim (AC) e Oriovisto Guimarães (PR) anunciaram que estavam deixando o Podemos para se filiar ao PSDB, deixando o partido com apenas quatro senadores, o limite mínimo para manter a liderança da sigla no Senado. Com poucos votos favoráveis a Alcolumbre, o Podemos provavelmente ficará restrito à comissão de Agricultura na Casa.

Essas movimentações dentro do partido Podemos evidenciam as tensões e disputas internas que têm marcado a política brasileira nos últimos tempos. A falta de coesão e o individualismo de alguns políticos acabam por fragilizar a atuação partidária e prejudicar a capacidade de negociação e articulação política no Congresso Nacional. Este episódio serve como alerta para a necessidade de uma maior união e alinhamento entre os membros de um mesmo partido em prol de um objetivo comum e coletivo.

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