Tserere ganhou notoriedade por liderar um acampamento em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, onde manifestantes pediam um golpe militar contra o ex-presidente Lula. Além disso, o indígena foi preso por promover atos políticos com ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em locais públicos da capital federal, como o aeroporto e o ParkShopping.
O motivo da prisão de Tserere foi o descumprimento das medidas restritivas impostas a ele. Apesar de já ter cumprido nove meses de prisão e utilizado tornozeleira eletrônica, o líder buscou asilo político na Argentina em junho deste ano.
A prisão de Tserere em 2022 foi o estopim para uma noite de caos em Brasília, quando militantes bolsonaristas incendiaram carros no centro da capital e tentaram invadir a sede da Polícia Federal, para onde o indígena foi inicialmente levado.
Após passar por um período detido em Brasília, Tserere foi libertado em setembro de 2023 por ordem do STF, com a imposição de diversas medidas cautelares, incluindo o uso da tornozeleira eletrônica.
O líder indígena era conhecido por suas manifestações antidemocráticas, seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e suas críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. Sua prisão e posterior liberação foram eventos que marcaram o noticiário político nacional.