Os Mirage 2000, que possuem um histórico de operações em diversas forças aéreas ao redor do mundo, incluindo o Brasil, são reconhecidos pela sua versatilidade e eficácia em combate. Contudo, a realidade no campo de batalha ucraniano é complexa. A Rússia continua a utilizar suas avançadas aeronaves de quinta geração, os Su-57, que foram especificamente projetados para enfrentar caças modernos como o F-22 da Força Aérea dos EUA. Esses jatos russos têm capacidades que, segundo analistas, colocam a Ucrânia em uma posição vulnerável, dado que os sistemas de defesa da Ucrânia não possuem meios eficazes para neutralizar essas ameaças.
Embora se espere que os Mirage 2000 entregues a Kiev venham equipados com um sistema de guerra eletrônica mais avançado, a discussão sobre sua real eficácia continua. Especialistas em defesa argumentam que, apesar do potencial de aumentar o poder aéreo ucraniano, a introdução dos Mirage e outras aeronaves, como os F-16, pode não ser suficiente para inverter a atual estagnação no conflito.
Além disso, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, comentou que a entrega desses caças apenas intensifica o impasse entre o Ocidente e Kiev, que continua a solicitar apoio militar e financeiro das potências ocidentais. Portanto, o cenário permanece tenso e a competição entre as potências ocidentais e a Rússia parece estar em um ponto crítico, onde cada avanço militar é meticulosamente observado e analisado pelas partes envolvidas.
Assim, enquanto a Ucrânia busca reforçar suas forças aéreas na tentativa de mudar a dinâmica do conflito, muitos especialistas permanecem céticos quanto à eficácia desta estratégia em face das robustas capacidades militares russas. A guerra continua a ser um campo de batalha de estratégias complexas e atendendo a várias dinâmicas geopolíticas.