A série documental “Caçador de marajás”, disponível no Globoplay, reacendeu debates sobre a trajetória política e pessoal de Fernando Collor de Mello, primeiro presidente eleito pelo voto direto após a ditadura e derrubado por um processo de impeachment em 1992. Com sete episódios dirigidos por Charly Braun, a produção reúne entrevistas inéditas e depoimentos de jornalistas, políticos e personagens que marcaram as décadas de 1980 e 1990.
Mas o que mais chamou atenção do público foi a lista de figuras centrais do período que recusaram participar das gravações — algumas por escolha própria, outras por impossibilidade.
A seguir, os personagens que ficaram de fora das entrevistas e aparecem apenas por meio de arquivos e relatos de terceiros:
Rosane Collor
A ex-primeira-dama, hoje Rosane Malta, não concedeu entrevista à série. Ela surge apenas em materiais de arquivo, incluindo falas polêmicas sobre práticas religiosas na Casa da Dinda. Em depoimento antigo a Renata Ceribelli, Rosane descreveu sacrifícios de animais e rituais feitos pelo então presidente.
Claudia Raia
Uma das principais estrelas da campanha de Collor em 1989, Claudia Raia também não participou. Junto ao então marido, Alexandre Frota, ela estrelou peças publicitárias decisivas na narrativa do “caçador de marajás”. O documentário resgata vídeos da época, mas não traz depoimento atual da atriz.
Zélia Cardoso de Mello
Ministra da Fazenda responsável pelo polêmico Plano Collor — que bloqueou contas bancárias e gerou forte comoção nacional —, Zélia não aparece em depoimento inédito. Morando em Nova York desde os anos 1990, ela segue atuando como consultora e não participou das gravações.
Lula e Lurian
O então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, derrotado por Collor em 1989, não foi entrevistado. A série recorre a imagens históricas, como a participação de Miriam Cordeiro — mãe de Lurian, filha do presidente — no horário eleitoral de Collor. Lurian também não falou à equipe.
Renan Calheiros
Atual senador pelo MDB de Alagoas e um dos principais articuladores da candidatura de Collor em 1989, Renan não concedeu entrevista. A série reconstitui a aproximação e o rompimento entre ambos: o senador deixou a liderança do governo após divergências e tornou-se crítico das relações de Collor com PC Farias.
Bernardo Cabral
Ministro da Justiça de Collor e figura envolvida em um romance com Zélia que abalou o governo, Bernardo Cabral também não aparece no documentário. Aos 93 anos, o jurista está afastado da vida pública e não participou das gravações.
