A maternidade, parte da Santa Casa de Misericórdia de Maceió, teve 45 leitos desativados, sendo 35 provenientes da própria maternidade e 10 da Unidade de Cuidados Intermediários (UCI). Durante seu discurso, Cabo Bebeto destacou que a dívida do Estado com a Santa Casa ultrapassa os R$ 4 milhões apenas em relação à maternidade, com o atraso no pagamento do incentivo já somando impressionantes 32 meses.
O parlamentar ressaltou a importância da Maternidade Nossa Senhora da Guia, que desde sua inauguração já realizou quase 80 mil partos e representa 27% do total de partos em Maceió. “É inadmissível que uma estrutura com essa relevância feche suas portas por conta da falta de pagamento”, declarou Cabo Bebeto.
O deputado também criticou o plano de contingência apresentado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que prevê a abertura de apenas 27 leitos no Hospital Veredas, o que, segundo ele, é insuficiente. “Esses leitos ainda não estão funcionando e cobrem apenas metade da capacidade da Nossa Senhora da Guia. O Estado deve, a unidade fecha, e a solução proposta é apenas paliativa”, lamentou.
A Sesau também anunciou planos de ampliação de leitos em outras instituições, como 10 leitos no Hospital da Mulher e 15 no Hospital Santo Antônio, que, segundo Cabo Bebeto, também estava próximo do fechamento. O deputado questionou por que se prioriza a ampliação de leitos em novos locais em vez de manter os já existentes, responsabilizando o governo pela falta de pagamentos.
Cabo Bebeto ainda observou que a prática de contratar serviços sem efetuar o pagamento é um padrão no governo, citando exemplos em diversas áreas da saúde, como em hospitais e serviços de homecare. “Se o serviço foi prestado, tem que ser pago. Isso não é apenas uma questão de responsabilidade, mas de respeito”, enfatizou.
Ao fim de sua fala, o deputado comemorou a previsão de reabertura da Maternidade Nossa Senhora da Guia com o apoio da Prefeitura de Maceió e expressou a esperança de que o governo estadual também regularize sua situação financeira. “É fundamental que haja uma solução eficiente para a saúde pública em Alagoas”, concluiu.