Segundo informações obtidas pela agência Bloomberg, autoridades chinesas e executivos da ByteDance já discutiram a possibilidade de Musk, também conhecido por ser o ex-dono do Twitter, assumir o controle do TikTok nos EUA. Porém, o conselho da ByteDance se opõe a essa opção, uma vez que contesta a proibição do app nos EUA através de recursos legais.
Um dos principais obstáculos para a ByteDance é a interferência do Estado chinês, que detém ações preferenciais na empresa e tem o poder de vetar qualquer decisão relacionada à venda do TikTok. Além disso, as regras de exportação impostas por Pequim dificultam a venda de algoritmos e software por empresas chinesas. A ByteDance, no entanto, afirma que a influência estatal se restringe apenas às operações na China.
A decisão de banir o TikTok nos EUA foi sancionada por Joe Biden em abril deste ano, e estabeleceu um prazo de 270 dias para que a rede social chinesa encontrasse um administrador americano, podendo ser prorrogado por mais 90 dias. Porém, a tendência é que a Suprema Corte dos EUA mantenha a proibição, levando a ByteDance a planejar estratégias para lidar com o novo governo.
Os legisladores americanos alegam que o TikTok representa uma ameaça à segurança nacional dos EUA, devido à possibilidade de o governo chinês acessar dados dos usuários. Com a possibilidade iminente de banimento do aplicativo, Elon Musk surge como um potencial comprador, fortalecendo sua relação com a China e aumentando as chances de concretização do acordo.
A transação envolvendo a venda do TikTok para Musk está estimada entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões, segundo análises de consultorias especializadas. Além de ampliar sua influência com um novo público de mais de 170 milhões de usuários nos EUA, Musk também vislumbra vantagens comerciais e estratégicas ao adquirir o TikTok.
Em meio a essa incerteza sobre o futuro do TikTok nos EUA, outras personalidades como Frank McCourt e Kevin O’Leary demonstraram interesse na aquisição do aplicativo, aumentando a competitividade do processo de venda. O desfecho desse imbróglio pode ser determinante para os rumos da relação entre China, Estados Unidos e grandes empresas de tecnologia.
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