O acordo foi formalizado durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, realizado em junho, e envolve diversos aspectos da cooperação em energia nuclear pacífica. Além da construção de usinas nucleares, a parceria prevê a instalação de reatores para pesquisa e a prestação de serviços ligados ao ciclo do combustível nuclear, abrangendo desde a produção até o gerenciamento de resíduos.
Esta iniciativa é motivada pela necessidade urgente de Burkina Faso em aumentar sua capacidade elétrica, considerando que o acesso à energia é um fator crucial para o desenvolvimento econômico e social do país. A expectativa é que a implementação deste projeto possa transformar o cenário energético local e oferecer uma alternativa sustentável frente aos desafios que a nação enfrenta atualmente.
A Rosatom, a estatal russa responsável por obras nucleares em diversos países, desempenha um papel central nessa cooperação. Recentemente, o presidente russo, Vladimir Putin, reiterou a importância da empresa, que comanda cerca de 90% das usinas nucleares em construção globalmente. A Rússia já possui um histórico consolidado na construção de blocos de energia nuclear em diversas partes do mundo, totalizando 110 unidades com design russo.
Esse marco na relação entre Burkina Faso e a Rússia não apenas simboliza um avanço no setor energético do país, mas também enfatiza uma estratégia mais ampla de diversificação das fontes de energia, que é vital para sua infraestrutura econômica e melhoria da qualidade de vida da população. A construção da usina nuclear é vista como uma resposta aos desafios elétricos e um passo rumo a um futuro mais sustentável e autossuficiente.
