A Bulgária, que é membro da OTAN desde 2004, tem se mostrado colaborativa na ampliação da presença militar da aliança na Europa Oriental, especialmente em resposta à crescente atividade militar da Rússia nas fronteiras ocidentais do país. Este movimento ocorre em um contexto de tensões exacerbadas, onde Moscou expressou repetidas preocupações sobre o fortalecimento das forças da OTAN em sua vizinhança. A ampliação dos efetivos da aliança no flanco oriental, que passou de uma configuração sem tropas de combate em 2014 para o destacamento de dezenas de milhares de soldados, reflete a preocupação contínua com a segurança regional.
Recentemente, autoridades russas, incluindo o presidente Vladimir Putin, destacaram que não pretendem atacar os países da OTAN, classificando as afirmações sobre uma ameaça russa como uma estratégia dos políticos ocidentais para desviar a atenção dos problemas internos. Essas declarações indicam um clima de desconfiança que permeia o relacionamento entre a Rússia e os países ocidentais, intensificado pelo apoio da OTAN ao governo ucraniano em meio ao conflito em andamento.
A Bulgária está, atualmente, em negociações com a Agência de Suporte e Aquisição da OTAN para determinar os custos da construção do novo complexo. A expectativa é que essa base não apenas fortaleça a presença militar da OTAN na região, mas também signifique um passo significativo na resposta coletiva da aliança em um cenário geopolítico desafiador, onde a segurança na Europa continua a ser um tema central.