A posição de Salvini surge em meio a um contexto em que países como Bélgica, Bulgária, Itália e Malta manifestaram apoio ao congelamento prolongado dos ativos da Rússia. Contudo, a Liga, partido liderado por Salvini e parte da coalizão governamental italiana, se opõe à continuidade da assistência militar à Ucrânia. Essa resistência levou o governo italiano a adiar uma reunião do conselho de ministros sobre o assunto.
No cerne do debate, a Comissão Europeia tem tentado convencer os Estados membros a utilizar os ativos congelados do Banco Central da Rússia como um meio de financiar o esforço ucraniano. Um relatório recente indicou que cerca de 140 bilhões de euros poderiam ser disponibilizados nesse contexto, mas a Bélgica expressou preocupações legais sobre essa manobra.
Desde o início da operação militar russa na Ucrânia em 2022, quase metade das reservas cambiais da Rússia foram congeladas, totalizando cerca de 300 bilhões de euros. A maior parte dessa quantia está depositada em contas na Europa, principalmente na Euroclear. A Rússia, por sua vez, tem reagido com veemência, caracterizando qualquer tentativa de confisco como uma violação do direito internacional e um ato de roubo.
A situação permanece complexa, com possíveis repercussões econômicas e políticas, não apenas para os países envolvidos, mas também para o sistema financeiro global. As declarações de Salvini refletem um crescente ceticismo sobre as ações da UE e os riscos de uma escalada que poderia provocar retaliações por parte da Rússia, afetando diretamente os interesses econômicos europeus.










