BRICS reafirma: organização nunca foi e não será uma aliança militar, assegura Ministério das Relações Exteriores da Rússia



O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou, em comunicado recente, que o BRICS nunca foi e não pretende se transformar em uma aliança militar. A declaração, feita no último sábado (12), visa esclarecer equívocos que podem ter surgido em relação à natureza do grupo. Segundo Moscou, o BRICS é uma associação interestadual, cuja estrutura é baseada em princípios de igualdade entre seus membros, que incluem Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de novos países que ingressaram recentemente, como Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.

De acordo com o ministério, o BRICS não é uma organização internacional ou uma estrutura de integração convencional, mas uma parceria estratégica que abrange diversas áreas, incluindo política e segurança, economia e finanças, e cultura e relações humanitárias. A intenção do bloco é promover um sistema econômico mundial mais justo e multilateral, em contraste com práticas que dominam as dinâmicas econômicas globais atualmente.

A presidência rotativa do grupo foi assumida pela Rússia no dia 1º de janeiro de 2024, e houve um fortalecimento da cooperação entre os países membros. Esse ano marca um momento importante para o BRICS, pois o grupo representa quase metade da população mundial, mais de 40% da produção global de petróleo bruto e aproximadamente 25% das exportações mundiais.

Um dos eventos mais relevantes do bloco está agendado para o final de outubro, quando ocorrerá a 14ª Cúpula do BRICS na cidade de Kazan, onde se esperam debates significativos sobre a cooperatividade entre os países membros e a trajetória futura do grupo. Essa cúpula é vista como uma oportunidade para reforçar laços econômicos e políticos, além de discutir a inclusão de novas estratégias para o desenvolvimento conjunto.

Essas declarações e eventos indicam um momento de expansão e reafirmação dos objetivos do BRICS, refletindo seu papel crescente no cenário internacional, especialmente em áreas de cooperação econômica e cultural, e distanciando-se de conceitos de militarização ou aliança bélica.

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