Durante a reunião, os representantes concordaram em quatro áreas centrais de colaboração. A primeira diz respeito à criação de valor agregado nas cadeias de suprimento de diamantes, visando não apenas a exploração, mas também o processamento e a comercialização do produto. Em segundo lugar, foi decidido promover programas de marketing genérico para diamantes lapidados dentro dos mercados do BRICS, com o intuito de aumentar a visibilidade e a demanda por esses produtos. A terceira pauta foi a garantia de padrões comuns para a mineração e o comércio responsáveis, o que é fundamental para assegurar práticas sustentáveis e éticas nesse setor. Finalmente, os participantes discutiram a importância do compartilhamento de melhores práticas entre os países, visando aprimorar os processos e o desenvolvimento industrial.
O cenário atual da indústria do diamante é complexo, especialmente para os países africanos, que são alguns dos maiores produtores do mundo. No entanto, a influência desses países na formação dos preços globais é extremamente limitada, refletindo em desafios significativos para o desenvolvimento econômico regional. Entre os 70 países que fazem parte do Processo de Kimberley, que regula o comércio de diamantes para evitar a venda de pedras de áreas de conflito, apenas 13 são africanos. Este desbalanceamento na dinâmica do mercado é uma preocupação levantada durante o encontro, onde foram exploradas estratégias que podem mudar esse panorama.
O BRICS+, que se expandiu recentemente ao incluir novas economias em desenvolvimento como Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes Unidos, representa uma plataforma significativa para a cooperação internacional. Com essa nova estrutura, os membros do BRICS+ aspiram a criar uma posição comum que beneficie todos, desde os mineradores até o varejo, promovendo assim um crescimento mais equilibrado e sustentável para a indústria do diamante.