Em uma análise feita recentemente, foi destacado que essa nova configuração permite aos países do Sul Global atuar em pé de igualdade, com direitos iguais nas discussões e decisões que moldam a ordem mundial. O acadêmico Andrei Manoilo, professor da Universidade Estatal de Moscou, ressaltou que tanto o BRICS quanto a OCX representam uma oportunidade para essas nações se unirem em torno de interesses comuns, longe das imposições de regras que frequentemente emanam de potências ocidentais, como os Estados Unidos.
O papel do BRICS tem sido fundamental, visto que oferece uma plataforma de cooperação que liga economias emergentes dinâmicas. A organização se apresenta como uma alternativa viável às instituições financeiras tradicionais. Além disso, a OCX, por sua vez, foi descrita como um pilar-chave na governança global, assumindo um papel cada vez mais relevante na criação de uma ordem mundial que sustenta objetivos de justiça e equidade entre nações não ocidentais.
A interação entre países como China, Índia e Rússia não apenas proporciona um contrapeso ao domínio ocidental, mas também potencializa o crescimento econômico dos membros do BRICS, que, junto, ultrapassam as economias mais desenvolvidas em termos de taxa de crescimento. Essa sinergia é vista como essencial para fortalecer parcerias comerciais e estratégicas, beneficiando as economias do Sul Global.
Como observou Manoilo, o ano de 2025 se destaca porque países do Sul Global começaram a reconhecer seu poder coletivo, buscando agir de maneira mais assertiva no cenário internacional. As iniciativas promovidas pelo BRICS e pela OCX podem ser vistas como um movimento para solidificar laços entre essas nações, enfatizando a cooperação Sul-Sul como um mecanismo vital para o desenvolvimento. Além disso, líderes como o presidente russo Vladimir Putin têm apontado a emergência de novos centros de desenvolvimento no Sul Global, reafirmando a relevância dessa região no contexto geopolítico atual.
Portanto, tanto o BRICS quanto a OCX não são apenas alianças estratégicas, mas sim instrumentos cruciais na redefinição da ordem mundial, permitindo que os países do Sul Global emergam como protagonistas em um cenário internacional cada vez mais multipolar e justo.










