Entre as prioridades estabelecidas no documento estão questões relacionadas aos países do Sul Global, mudanças climáticas, governança da Inteligência Artificial e reforma da Arquitetura Multilateral de Paz e Segurança. Mesmo diante das ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de prejudicar o BRICS se houver tentativas de desdolarização das transações comerciais, o documento enfatiza a continuidade do trabalho a favor do uso de moedas locais nas transações entre os integrantes do grupo.
A presidência brasileira pretende desenvolver instrumentos de pagamento locais que facilitem o comércio e o investimento, além de medidas de facilitação de comércio como a cooperação regulatória. O objetivo é fortalecer o intercâmbio comercial e de investimentos dentro do bloco.
O texto destaca também a contribuição do BRICS para a reforma abrangente das Nações Unidas, incluindo do Conselho de Segurança, visando torná-lo mais democrático, representativo, eficaz e eficiente. A presidência brasileira ainda propõe a formação de uma Força-Tarefa sobre Desenvolvimento Institucional para manter a harmonização e eficiência dentro do grupo.
Todos esses temas serão discutidos e transformados em compromissos coletivos durante a Cúpula de Chefes de Estado do BRICS, prevista para ocorrer no segundo semestre deste ano, no Rio de Janeiro. O grupo, inicialmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, recebeu seis novos membros nos últimos anos e conta com outros países parceiros.
A primeira Cúpula de Chefes de Estado do BRICS ocorreu em 2009, na Rússia, e desde então é realizada anualmente em diferentes países. Essas reuniões visam fortalecer a cooperação e o desenvolvimento econômico entre os países membros do grupo.
Este artigo foi produzido pela equipe de jornalismo da Sputnik Brasil.
