Durante o encontro, os representantes também abordaram a urgente questão das mudanças climáticas. Embora as discussões estejam em estágio inicial e sem planos concretos, a convergência de ideias sobre a importância do tema foi considerada um avanço positivo para o alinhamento entre as nações do grupo. Além disso, um foco significativo foi dado à Inteligência Artificial, com um forte suporte para estabelecer uma governança global que coloque a Organização das Nações Unidas (ONU) no cerne desta discussão.
O conceito de governança do BRICS também foi reavaliado, com a proposta de que a presidência dos países-membros seja rotativa a partir de 2029, segundo a ordem alfabética em inglês. Essa ideia busca aumentar a inclusão e a representatividade dentro do grupo, promovendo um espaço mais democrático para todos os países envolvidos.
Luiz Inácio Lula da Silva delineou seis eixos principais que vão guiar a presidência do Brasil no BRICS, que incluíam a reforma da arquitetura multilateral de paz e segurança, priorização da cooperação em saúde e a urgência da crise climática. O Brasil também pretende fortalecer o sistema monetário e financeiro internacional, bem como enfrentar os desafios sociais e éticos relacionados à Inteligência Artificial.
Assim, o encontro dos Sherpas se mostra como um passo crucial para o fortalecimento da cooperação multilateral entre os países do BRICS, proporcionando uma plataforma para debater e avançar em questões que afetam o Sul Global e suas prioridades coletivas.