“É crucial que a comunidade internacional se una para abordar questões que afetam diretamente a preservação ambiental em diversas regiões, incluindo Brasil e África”, afirmou. A ministra também fez referência a conversas que ocorreram recentemente na China, ressaltando que outros líderes ministeriais também estão comprometidos em abordar o tema em seus respectivos contextos.
No entanto, Anielle Franco não se limitou a discussões teóricas. Ela destacou a importância dos povos indígenas e das comunidades quilombolas no Brasil como fundamentais para a proteção do meio ambiente. Franco defendeu que políticas públicas robustas devem ser desenvolvidas para apoiar esses grupos, citando o programa “Aquilombo Brasil” como um exemplo prático de ação voltada para essa causa.
Franco demonstrou otimismo com a inclusão de questões raciais nas pautas de eventos internacionais, como a COP-30 e outros encontros liderados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “É gratificante ver como estamos conseguindo trazer à tona a importância da igualdade racial em diversos âmbitos de governança”, revelou.
A cerimônia, que também contou com a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, trouxe à tona críticas à recente flexibilização das licenças ambientais no Congresso. Silva afirmou que essa medida representa um “golpe de morte” para a legislação ambiental, reiterando a necessidade de fortalecer o Sistema Nacional de Meio Ambiente e assegurar que os instrumentos de controle e participação social se mantenham eficazes.
A discussão sobre racismo ambiental e proteção das comunidades vulneráveis se mostra cada vez mais urgente no debate público brasileiro, refletindo uma demanda por políticas que consideram não apenas a preservação ambiental, mas também a dignidade e os direitos das populações que historicamente têm sido marginalizadas nas decisões políticas e socioeconômicas.