Ainda em processo de finalização, a declaração não contará com um consenso claro sobre como o tema do conflito israelense será tratado, refletindo as complexidades diplomáticas entre as nações participantes. O Brasil, que exerce a presidência do BRICS, está em diálogo com países africanos que buscam assentos permanentes no Conselho de Segurança, numa tentativa de encontrar um equilíbrio nas reivindicações de todas as partes envolvidas.
Além dos pontos mencionados, a cúpula deve trazer à tona discussões sobre financiamento climático, parcerias na área da saúde para combate a doenças socialmente determinadas, e Inteligência Artificial (IA). A presidência brasileira está focada em garantir resultados concretos a partir dos debates, similar ao que ocorreu com o programa Aliança Global contra a Fome, lançado no G20, que recebeu elogios por seus avanços.
Outro aspecto relevante da declaração final será uma posição contrária a tarifas unilaterais que vêm sendo impostas por líderes globais, como Donald Trump, embora os EUA não sejam especificamente mencionados no texto. A abordagem será mais ampla, criticando práticas que prejudicam as economias dos países em desenvolvimento.
Seis anos após a última cúpula realizada no Brasil, o encontro deste ano terá a participação de 11 membros do BRICS e mais dez países parceiros, com fatores externos como as crises no Oriente Médio e na Ucrânia influenciando as discussões em pauta. O evento é visto como uma oportunidade para reconfigurar alianças e explorar novas formas de cooperação entre nações que anseiam por um mundo multipolar.