BRICS como prioridade: Simone Tebet destaca a importância da diversificação econômica frente à dependência dos EUA em reunião em São Paulo.

Na última quarta-feira, a ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet, enfatizou a importância de fortalecer as relações do Brasil com os países do BRICS, em um momento em que a dependência econômica em relação aos Estados Unidos se torna cada vez mais evidente. Durante um evento em São Paulo, Tebet destacou que, embora o Brasil dependa dos EUA para diversos aspectos do comércio, também deve priorizar suas parcerias com nações do BRICS e do Mercosul, além da Europa.

A ministra argumentou que o Brasil deve diversificar suas relações comerciais para não ficar vulnerável a “intempéries”, referindo-se às flutuações do mercado global e possíveis crises econômicas. O chamado “tarifaço” apresentado pelo ex-presidente Donald Trump, que impõe uma taxa de importação de 50% sobre produtos brasileiros a partir de agosto, acentua essa necessidade. Ela ressaltou que, neste contexto, é imprescindível que o governo busque novas fontes de receita e não prescinda de investimentos, uma vez que isso é fundamental para impulsionar o crescimento do país.

Além disso, Tebet alertou sobre os desafios que a política econômica brasileira enfrenta, dado que o Brasil não apresenta um superávit nas relações comerciais com os EUA, mas sim um déficit. Em meio a essas questões, os Estados Unidos estão preparados para declarar estado de emergência, como justificativa para a imposição das tarifas. Essa situação cria um cenário de incerteza e desafios para a economia brasileira, que se vê diante da necessidade de encontrar soluções para expandir seu mercado e evitar uma dependência excessiva.

A ministra reiterou que é crucial que o Brasil não fique à mercê das decisões externas e que, em vez disso, busque aumentar seu envolvimento com blocos como o BRICS. O fortalecimento desses laços pode representar uma alternativa viável para diversificar as relações comerciais e estimular o crescimento econômico, afastando-se da opressão das tarifas que podem prejudicar ainda mais o comércio exterior brasileiro.

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