Os analistas enfatizam que a discussão climática, antes restrita a ativistas ambientais, tornou-se uma questão central da política global. Equipado com uma biodiversidade rica e recursos naturais abundantes, o Brasil possui um potencial significativo para se tornar um modelo em práticas sustentáveis, especialmente com a abundância de energia solar, eólica e hídrica. A liderança brasileira nessa área poderia abrir portas para novas oportunidades econômicas, além de fortalecer sua posição nas negociações internacionais.
Contudo, surgem desafios, especialmente com um possível retrocesso nos esforços climáticos dos Estados Unidos sob a liderança do ex-presidente Donald Trump. Durante seu primeiro mandato, Trump demonstrou oposição às discussões climáticas, o que levanta preocupações sobre o impacto desse afastamento sobre a dinâmica global e, em particular, sobre a posição do Brasil nas negociações ambientais. Especialistas alertam que o lobby de combustíveis fósseis ainda é forte e pode minar os esforços brasileiros.
Ainda assim, analistas argumentam que a associação do Brasil com países do BRICS — como China, Índia e África do Sul — pode ser uma estratégia eficaz para fortalecer sua agenda climática. Esses países enfrentam desafios semelhantes e têm desenvolvido tecnologias sustentáveis que podem ser compartilhadas, criando assim um cenário de colaboração mútua que beneficiaria todos os envolvidos. A cooperativa entre os membros do BRICS pode oferecer ao Brasil uma plataforma valiosa para promover sua agenda climática, diversificando suas parcerias e consolidando sua influência nas discussões internacionais.
Assim, a atuação do Brasil na comunidade internacional em relação a questões climáticas está em um momento decisivo, onde a ação proativa e a cooperação entre nações podem moldar o futuro do debate ambiental e contribuir para a preservação do planeta.