As últimas semanas foram marcadas por reuniões significativas, iniciadas em 17 de outubro, onde a equipe diplomática brasileira avaliou a inclusão de novos membros e a definição dos critérios para a categoria de países parceiros do BRICS. Saboia destacou que, enquanto a atenção da mídia se concentra na entrada de novos membros, como o Egito e a Etiópia, a agenda imediata do bloco permanece voltada para consolidar a participação desses novos integrantes antes de considerar novas adesões.
Um foco crucial nas negociações foi a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, questão que o Brasil defende como um requisito para a adesão de quaisquer novos parceiros. Para Saboia, o BRICS deve atuar como uma força de transformação no cenário global, e isso passa pela reforma das estruturas de governança internacional. Ele ressaltou a importância de os países parceiros aderirem a princípios que promovam relações amistosas entre todos os membros do bloco e que rejeitem sanções unilaterais.
A 16ª Cúpula do BRICS se delineia como uma oportunidade única, sendo a primeira vez que esses líderes se reúnem após a expansão do grupo. Esse aumento na complexidade de atores exigirá um debate mais aprofundado sobre temas que antes eram discutidos apenas entre os cinco membros fundadores.
Além disso, a cooperação financeira foi reconhecida como um tema prioritário nesta cúpula. Saboia informou que houve progressos significativos nas discussões sobre iniciativas financeiras, que serão fundamentais sob a presidência russa do BRICS e continuarão com o Brasil em 2025.
Por fim, Saboia expressou otimismo com a futura liderança do Brasil na organização, enfatizando que o país está comprometido em realizar uma Cúpula do BRICS no primeiro semestre de 2025, com o intuito de assegurar que a presidência reflita as prioridades e interesses dos estados membros e suas necessidades coletivas.