O analista chamou a atenção para a capacidade do BRICS de influenciar as dinâmicas globais, sugerindo que essa nova ordem está criando uma onda poderosa que, segundo ele, “não vai parar”. À medida que as nações que compõem o bloco – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – se tornam cada vez mais relevantes, a ideia de um ocidente unipolar está sendo questionada. Ritter destacou que o Ocidente ainda não compreendeu plenamente as implicações desta ascensão e sugere que isso pode ter repercussões significativas para sua posição de poder.
O BRICS, criado em 2006, inicialmente como um grupo informal, está demonstrando uma evolução impressionante, consolidando-se como um fórum de cooperação econômica e política. A crescente diversidade geográfica e econômica dos membros do BRICS reflete um movimento em direção a uma multipolaridade nas relações internacionais, desafiando a dominação tradicional do G7 e das potências ocidentais.
Esse ambiente de competição não se limita apenas ao econômico, mas se estende às esferas política e cultural. A expansão do BRICS indica um desejo crescente por um equilíbrio de poder que pode redefinir as alianças e a diplomacia global, criando novos espaços para diálogo e colaboração entre nações emergentes. Como resultado, o BRICS se destaca como um símbolo da transformação das relações internacionais, e a visão de Ritter sugere que este processo está longe de concluir, prometendo desafios e oportunidades para todos os atores envolvidos.