O acordo prevê que a IG4, após a confirmação da transação, passará a controlar 50,111% do capital votante e 34,323% do capital total da Braskem. Em contrapartida, a Novonor ficará com uma participação residual de apenas 4%. A mudança na estrutura acionária é vista como crucial para a recuperação da empresa, que, nos últimos anos, tem lutado contra margens de lucro pressionadas e uma dívida que ultrapassa bilhões de reais, decorrente do deslizamento do solo que causou o afundamento de vários bairros em Maceió. Esse colapso levou à evacuação forçada de milhares de residentes, criando um cenário não só de crise econômica, mas também de tragédia social.
A gestão da IG4, ao assumir o controle parcial da Braskem, também terá que lidar com dívidas estimadas em cerca de R$ 20 bilhões, que estão garantidas por ações da própria empresa. O contexto da negociação é complicado, pois a Novonor tem tentado transferir o controle da Braskem há anos, sem sucesso, refletindo um cenário repleto de desafios financeiros e um forte passivo reputacional, resultado dos impactos do desastre.
O movimento é visto como um passo fundamental na reestruturação da Braskem, que busca não apenas a recuperação financeira, mas também a reconstrução de sua imagem perante a sociedade e os investidores. À medida que a empresa navega por essas águas turbulentas, a expectativa agora se volta para a capacidade da nova gestão em implementar soluções que revertam a situação atual e mitiguem as consequências de suas operações passadas.










