Braskem Decide Fechar Unidade Histórica no Pontal da Barra Após Crise de Afundamento do Solo em Maceió

A Braskem, uma das principais empresas do setor petroquímico do Brasil, está prestes a encerrar suas operações na unidade localizada no Pontal da Barra, em Maceió, após 49 anos de atividade. Essa decisão, conforme apuraram fontes internas, foi tomada pelo núcleo da Novonor, acionista controladora que detém 50,1% das ações com direito a voto na mineradora. Essa movimentação faz parte de um processo mais amplo de reestruturação das operações da empresa, que busca ajustar suas atividades diante de um cenário desafiador.

A situação em Maceió vem se deteriorando constantemente desde que o afundamento do solo começou a afetar bairros inteiros, um problema relacionado à extração de sal-gema realizada pela Braskem. Esse evento desencadeou uma série de consequências, incluindo a retirada forçada de milhares de moradores de suas residências, o que gerou também uma onda de ações judiciais e um acordo bilionário de indenização, refletindo a gravidade da situação.

A vulnerabilidade econômica e social gerada por esses desastres naturais e a resposta da empresa em termos de acordo de compensação não só impactaram a reputação da Braskem como também levaram a uma revisão em seus investimentos e estratégias operacionais na região. O anúncio do fechamento da unidade no Pontal da Barra torna-se, portanto, um símbolo de um momento de crise para a empresa, que ajusta seu foco em meio a um contexto de retração econômica e necessidade de reparação de danos sociais.

Este fechamento não representa apenas uma perda econômica para a cidade, mas também gera preocupações sobre o futuro dos trabalhadores da unidade e das comunidades impactadas que dependem das atividades da Braskem para sua subsistência. Assim, a empresa encara a complexa tarefa de equilibrar sua reestruturação e as responsabilidades sociais frente à população local, numa época em que a sustentabilidade e a responsabilidade corporativa estão mais em evidência do que nunca. A conjuntura demanda não só decisões empresariais assertivas, mas também um compromisso genuíno com as comunidades afetadas.

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