A situação em Maceió vem se deteriorando constantemente desde que o afundamento do solo começou a afetar bairros inteiros, um problema relacionado à extração de sal-gema realizada pela Braskem. Esse evento desencadeou uma série de consequências, incluindo a retirada forçada de milhares de moradores de suas residências, o que gerou também uma onda de ações judiciais e um acordo bilionário de indenização, refletindo a gravidade da situação.
A vulnerabilidade econômica e social gerada por esses desastres naturais e a resposta da empresa em termos de acordo de compensação não só impactaram a reputação da Braskem como também levaram a uma revisão em seus investimentos e estratégias operacionais na região. O anúncio do fechamento da unidade no Pontal da Barra torna-se, portanto, um símbolo de um momento de crise para a empresa, que ajusta seu foco em meio a um contexto de retração econômica e necessidade de reparação de danos sociais.
Este fechamento não representa apenas uma perda econômica para a cidade, mas também gera preocupações sobre o futuro dos trabalhadores da unidade e das comunidades impactadas que dependem das atividades da Braskem para sua subsistência. Assim, a empresa encara a complexa tarefa de equilibrar sua reestruturação e as responsabilidades sociais frente à população local, numa época em que a sustentabilidade e a responsabilidade corporativa estão mais em evidência do que nunca. A conjuntura demanda não só decisões empresariais assertivas, mas também um compromisso genuíno com as comunidades afetadas.