A desvalorização do real e a valorização do peso argentino geraram um cenário inédito desde 1999, quando o real sofreu sua primeira grande desvalorização. Essa conjuntura econômica fez com que o Brasil se tornasse um dos destinos mais acessíveis para os argentinos em termos de custo de vida e gastos com turismo. Segundo um estudo da Fundação EcoSur, é possível passar duas semanas nas praias do Rio de Janeiro gastando a metade do que seria necessário para passar o mesmo período em destinos populares argentinos como Mar del Plata.
Este cenário tem mobilizado turistas argentinos como o engenheiro Eugenio Forchieri, que está prestes a embarcar para Florianópolis com a família. Ele destaca a vantagem de poder desfrutar de férias no Brasil com custos mais acessíveis em comparação com o cenário econômico argentino atual.
Por outro lado, a tendência de fuga de turistas argentinos para o Brasil tem impactado o turismo interno do país vizinho, com uma redução na ocupação hoteleira e um aumento significativo nos preços das diárias. A funcionária pública Paz Puente, que se prepara para viajar para as praias de Santa Catarina, destaca a expectativa de vivenciar férias mais despreocupadas em um destino mais vantajoso economicamente.
A procura por destinos brasileiros entre os argentinos aumentou consideravelmente em relação ao ano passado, com um crescimento de 500% segundo a Turismocity. Além disso, as companhias aéreas aumentaram a frequência de voos da Argentina para o Brasil em 30%, a fim de atender à demanda esperada.
Prevê-se que os turistas argentinos gastem mais do que nas temporadas passadas, aproveitando a vantagem cambial e buscando produtos como roupas e artigos para o lar, impulsionando o comércio local e gerando um impacto positivo na economia brasileira. Todos esses elementos combinados apontam para uma temporada de verão marcada por um aumento significativo na presença de turistas argentinos nas praias brasileiras, em um movimento que promete bater recordes de consumo e fluxo de visitantes.
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