De acordo com os dados levantados, sete em cada dez brasileiros consideram que a idade ideal para uma criança ter seu primeiro celular é a partir dos 13 anos. No entanto, a demanda pelo aparelho ocorre mais cedo, o que levanta preocupações sobre os efeitos desse acesso precoce.
A gerente de pesquisa quantitativa do Instituto Locomotiva, Gabrielle Selani, destacou que a intenção do Ministério da Educação de proibir o uso de celulares nas escolas é amplamente apoiada pela população, com oito em cada dez brasileiros favoráveis à medida.
O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou que está preparando um projeto de lei para banir celulares nas escolas públicas e privadas do país, como parte de um pacote de ações para reduzir o uso excessivo de telas por crianças e jovens. Esse projeto deve ser apresentado ao Congresso Nacional em breve.
A pesquisa nacional ‘Infância e uso de telas’ entrevistou cerca de 1.500 pessoas com mais de 18 anos, entre os meses de junho e julho. Os resultados mostraram que os entrevistados também se preocupam com os efeitos negativos do uso precoce de celulares, como o desenvolvimento de vícios, interferências no sono e até mesmo o aumento da ansiedade e depressão.
Essa preocupação com o uso de celulares pelos jovens tem gerado debates e reflexões sobre a necessidade de estabelecer limites e orientações claras para o acesso a esses dispositivos. A sociedade como um todo parece estar cada vez mais consciente dos possíveis danos que o uso precoce de celulares pode causar, e busca formas de proteger as gerações futuras desses impactos.