De acordo com os especialistas, a projeção teve como ponto de partida os balanços de pagamentos do Banco Central, que passaram por mudanças metodológicas em janeiro de 2023. Esses dados consideram o dinheiro que sai do país para o exterior, onde as casas de apostas estão registradas. Além disso, a análise abrange todos os tipos de jogos e apostas, como “bets”, cassinos online e outros jogos por aplicativos que envolvam dinheiro.
Outra referência utilizada foi o gasto com marketing pelas empresas desse setor. Para isso, foram analisadas quatro empresas internacionais: “Flutter” e “888” do Reino Unido, e os sites “FanDuels” e “DraftKings” dos Estados Unidos. Em média, o investimento em marketing nessas plataformas corresponde de 19% a 75% do faturamento.
Apesar de a estimativa apontar que o valor gasto pelos brasileiros com apostas represente 0,2% do PIB, isso não afeta as projeções econômicas do banco, não exigindo adaptações nos modelos utilizados até então.
Em termos práticos, os dados indicam que os brasileiros apostaram cerca de R$ 68,2 bilhões nessas plataformas, conseguindo sacar R$ 44,3 bilhões, e perdendo, portanto, R$ 23,9 bilhões. Isso significa que, em média, a cada R$ 3 apostados, os brasileiros perdem R$ 1.
Esses números evidenciam a relevância do tema e os impactos financeiros nas famílias brasileiras. É importante refletir sobre a necessidade de regulamentação e conscientização em relação às apostas online para evitar prejuízos desnecessários por parte da população.