O gol decisivo foi anotado por Eliane Gonçalves, de 39 anos, a jogadora mais experiente da equipe. Ela encontrou o caminho para a rede aos seis minutos do segundo tempo, após um chute preciso que ultrapassou a defesa da goleira indiana, Harshada Sandeep. A jogada culminou em um pequeno choque entre as jogadoras, mas Eliane rapidamente se recuperou e celebrou a conquista ao lado de suas companheiras, demonstrando todo o espírito de equipe que caracteriza a seleção.
O formato da competição inclui partidas jogadas em dois tempos de 20 minutos, com cinco atletas em campo, onde quatro são cegos e um, o goleiro, possui visão normal. A transmissão dos jogos ocorre ao vivo no canal oficial da Federação Internacional de Esportes para Deficientes Visuais (Ibsa), permitindo que fãs do mundo todo acompanhem as emoções do torneio.
A equipe feminina volta a campo na madrugada de terça-feira, 7 de outubro, enfrentando a seleção da Inglaterra. O Brasil ainda terá outra partida na fase de grupos na quarta-feira, 8 de outubro, contra a Polônia. Os dois melhores times de cada grupo seguirão para as semifinais, que ocorrerão na sexta-feira, 10 de outubro, com a grande final programada para o sábado, 11 de outubro.
Vale lembrar que as jogadoras enfrentaram uma longa viagem de mais de 20 horas desde São Paulo até Kochi e tiveram seu primeiro treino em solo indiano apenas dois dias antes da estreia. A Copa do Mundo de futebol de cegos feminina é uma competição recente; a primeira edição aconteceu em Birmingham, na Inglaterra, em 2023, quando a seleção argentina sagrou-se campeã ao vencer o Japão.
Embora o futebol feminino ainda não esteja incluido no programa dos Jogos Paralímpicos, o futebol masculino já integra a competição desde 2004, com o Brasil ostentando um histórico impressionante que inclui cinco títulos mundiais. O atual torneio representa uma nova era para o futebol de cegos, e a performance da seleção brasileira feminina promete trazer ainda mais visibilidade e oportunidades para o esporte no cenário global.
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