Comparado ao ano anterior, o Brasil teve uma redução de dois pontos e perdeu três posições. A queda é ainda mais acentuada se compararmos com os melhores desempenhos registrados em 2012 e 2014, nos quais o país apresentava nove pontos a mais e ocupava a 79ª posição.
O IPC reúne a percepção de diferentes profissionais, como acadêmicos, juristas e empresários, sobre a corrupção no setor público de cada nação analisada. Em 2024, o Brasil obteve sua nota com base em oito fontes de informação.
Segundo Bruno Brandão, diretor-executivo da Transparência Internacional, o país falhou em reverter a tendência de desmantelamento das medidas anticorrupção nos últimos anos. Brandão destaca que o avanço do crime organizado nas instituições estatais é um sinal claro de que o país está ingressando em uma fase avançada de corrupção.
Há uma década, o Brasil compartilhava sua posição com países como Bulgária, Grécia e Itália. Atualmente, o país está empatado com nações como Argélia, Nepal e Turquia. A constante decadência do Brasil no IPC reflete um cenário preocupante e que requer medidas urgentes para combater a corrupção e restaurar a integridade nas instituições públicas.
