Com a presença de aproximadamente 8.400 torcedores, o clima era de expectativa em torno da nova geração que vem se destacando desde os Jogos Olímpicos de Paris. A jovem Jhonson, com apenas 19 anos, teve um dia especial ao marcar seu primeiro gol pela seleção e se tornar a heroína da partida.
O técnico Nils Nielsen optou por um meio-campo mais técnico em relação ao jogo anterior, o que proporcionou um maior domínio japonês nos primeiros minutos. As jogadoras do Japão conseguiram criar pressão sobre a goleira brasileira, levando a goleira Lorena a realizar defesas importantes.
Do lado brasileiro, Arthur Elias fez algumas mudanças na equipe titular, destacando o papel de Marta, que apareceu como uma facilitadora na construção das jogadas. A veterana, ainda que não brilhasse como em outros momentos, continuava a ser um ícone em campo, atraindo os olhares do público. A jovem Dudinha também se destacou, criando a primeira oportunidade do Brasil ao sofrer falta em posição avançada.
Nos momentos iniciais da partida, o Brasil teve dificuldades de organização, mas aos poucos começou a dominar a posse de bola, pressionando na recuperação das jogadas. No entanto, o Japão não se deixou intimidar e, em uma de suas principais oportunidades, Seike acertou a trave após um passe de calcanhar de Momiki, que controlava o ritmo da partida.
O Japão foi o mais próximo de abrir o placar na primeira metade do jogo, em uma chance clara onde Seike, após driblar Lorena, acabou perdendo um gol debaixo da trave. Na volta do intervalo, o Japão manteve sua pressão e conseguiu abrir o marcador com um gol de Seike, após um cruzamento preciso de Fujino.
O Brasil, em resposta, continuou tentando criar oportunidades, e em um escanteio, uma zagueira japonesa acabou desviando a bola para o próprio gol, possibilitando que o time empatasse. Apesar das dificuldades, o Brasil conseguiu virar a partida em um contra-ataque rápido, onde Jhonson mostrou seu potencial ao ganhar na velocidade e encobrir a goleira.
Com este triunfo, a seleção feminina se prepara para o próximo desafio, marcado para o dia 27, contra a França, no Stade des Alpes, em Grenoble, já visando a Copa América que acontecerá em Quito, no Equador. No torneio, o Brasil enfrentará a Venezuela na estreia, integrando um grupo que conta ainda com Bolívia, Colômbia e Paraguai.