Brasil registra menor taxa de desemprego desde 2012: 5,8% e aumento de salários impacta economia no segundo trimestre de 2023.

No segundo trimestre de 2023, o Brasil registrou uma taxa de desemprego de 5,8%, o que representa o menor índice desde que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) começou a acompanhar esses dados, em 2012. Essa informação foi divulgada na mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, revelando avanços significativos no mercado de trabalho brasileiro.

Esse novo patamar de desemprego é uma melhora considerável em relação ao ano anterior, quando a taxa estava em 6,9%. Para se ter uma ideia da evolução, no início de 2023, o índice de desocupação era de 7%. A queda no número de pessoas que buscam por trabalho foi expressiva, com uma diminuição de 1,3 milhão em comparação ao primeiro trimestre, refletindo uma redução de 17,4%.

Durante o trimestre encerrado em julho, o Brasil contabilizou aproximadamente 102,3 milhões de trabalhadores ocupados, enquanto cerca de 6,3 milhões permaneciam desempregados. O aumento do número de empregos foi substancial, com 1,8 milhão de novas contratações registradas. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu 39 milhões, apresentando um crescimento de 0,9% em relação ao trimestre anterior, o que também se destaca como um recorde histórico.

A pesquisa também revelou um aumento no número de trabalhadores informais, que chegou a 13,5 milhões, evidenciando um crescimento de 2,6%. Não obstante, a taxa de informalidade na população ocupada se estabeleceu em 37,8%, a menor desde o primeiro trimestre de 2020. Esse cenário de informalidade gera preocupações, uma vez que esses trabalhadores não gozam de benefícios como seguro-desemprego e férias.

Outro dado relevante é o crescimento dos salários. O rendimento médio mensal alcançou R$ 3.477, um aumento de 1,1% em relação ao trimestre anterior e 3,3% em comparação ao mesmo período do ano passado. Essa elevação nos rendimentos, somada ao aumento no número de trabalhadores empregados, resultou em uma massa de rendimentos que atingiu R$ 351,2 bilhões, superando em 5,9% o total do segundo trimestre de 2024.

Em resumo, o Brasil vive um momento positivo em seu mercado de trabalho, com quedas significativas na taxa de desemprego e recordes no número de trabalhadores e salários, mesmo frente aos desafios existentes. Essa reviravolta pode ter impactos diretos na economia, estimulando o consumo e a poupança entre os cidadãos.

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