Esse novo patamar de desemprego é uma melhora considerável em relação ao ano anterior, quando a taxa estava em 6,9%. Para se ter uma ideia da evolução, no início de 2023, o índice de desocupação era de 7%. A queda no número de pessoas que buscam por trabalho foi expressiva, com uma diminuição de 1,3 milhão em comparação ao primeiro trimestre, refletindo uma redução de 17,4%.
Durante o trimestre encerrado em julho, o Brasil contabilizou aproximadamente 102,3 milhões de trabalhadores ocupados, enquanto cerca de 6,3 milhões permaneciam desempregados. O aumento do número de empregos foi substancial, com 1,8 milhão de novas contratações registradas. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu 39 milhões, apresentando um crescimento de 0,9% em relação ao trimestre anterior, o que também se destaca como um recorde histórico.
A pesquisa também revelou um aumento no número de trabalhadores informais, que chegou a 13,5 milhões, evidenciando um crescimento de 2,6%. Não obstante, a taxa de informalidade na população ocupada se estabeleceu em 37,8%, a menor desde o primeiro trimestre de 2020. Esse cenário de informalidade gera preocupações, uma vez que esses trabalhadores não gozam de benefícios como seguro-desemprego e férias.
Outro dado relevante é o crescimento dos salários. O rendimento médio mensal alcançou R$ 3.477, um aumento de 1,1% em relação ao trimestre anterior e 3,3% em comparação ao mesmo período do ano passado. Essa elevação nos rendimentos, somada ao aumento no número de trabalhadores empregados, resultou em uma massa de rendimentos que atingiu R$ 351,2 bilhões, superando em 5,9% o total do segundo trimestre de 2024.
Em resumo, o Brasil vive um momento positivo em seu mercado de trabalho, com quedas significativas na taxa de desemprego e recordes no número de trabalhadores e salários, mesmo frente aos desafios existentes. Essa reviravolta pode ter impactos diretos na economia, estimulando o consumo e a poupança entre os cidadãos.