Brasil registra crescimento histórico na geração de energia em outubro, com ênfase em usinas eólicas e solares, ultrapassando 9,3 GW de potência instalada.

O Brasil alcançou um novo marco na geração de energia renovável em outubro de 2024, com um crescimento significativo na sua matriz elétrica. De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o país ultrapassou a marca de 9,3 gigawatts (GW) de capacidade fiscalizada, evidenciando uma intensa aceleração na adoção de fontes de energia limpa, especialmente solar e eólica.

No décimo mês do ano, a matriz elétrica brasileira registrou um acréscimo de 1,5 GW, resultado direto da ativação de 39 novas usinas, sendo a maioria delas dedicadas à energia solar e eólica. O setor eólico ganhou destaque, com 19 novas usinas, somando 688,90 MW, além de 15 centrais solares fotovoltaicas, que agregaram 514,01 MW à capacidade total. Complementando essa expansão, foram também instaladas quatro usinas termelétricas (325,88 MW) e uma pequena central hidrelétrica (5,10 MW).

No total, a capacidade instalada no Brasil já ultrapassou 207 GW em 2024, distribuídos por 256 novas usinas em 16 estados, abrangendo todas as cinco regiões do país. Minas Gerais liderou a expansão com 13 novas usinas, resultando em um aumento de 442,17 MW, seguido por Pernambuco, que adicionou 380,10 MW com quatro novas usinas.

O governo federal planeja investir cerca de R$ 3,2 trilhões no setor de energia nos próximos dez anos, de acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) para 2034. Este plano visa alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 7 da ONU, que busca garantir acesso universal à energia limpa, segura, sustentável e moderna para todos até 2030.

O Brasil continua a se firmar como um líder na geração elétrica a partir de fontes renováveis, como hidrelétricas, biomassa, energia eólica e solar. As previsões indicam que o país poderá atingir um nível de renovabilidade média de 86,1% em sua matriz energética ao longo da próxima década.

Além disso, estima-se que a autoprodução e a geração distribuída de eletricidade aumentem de 15% em 2024 para 17% em 2034, com um destaque especial para as contribuições das fontes renováveis, especialmente a biomassa e a energia solar. A aceleração do setor de energias renováveis no Brasil não apenas ajuda a diversificar a matriz energética do país, mas também fortalece o compromisso nacional com a sustentabilidade ambiental e a luta contra as mudanças climáticas.

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