No décimo mês do ano, a matriz elétrica brasileira registrou um acréscimo de 1,5 GW, resultado direto da ativação de 39 novas usinas, sendo a maioria delas dedicadas à energia solar e eólica. O setor eólico ganhou destaque, com 19 novas usinas, somando 688,90 MW, além de 15 centrais solares fotovoltaicas, que agregaram 514,01 MW à capacidade total. Complementando essa expansão, foram também instaladas quatro usinas termelétricas (325,88 MW) e uma pequena central hidrelétrica (5,10 MW).
No total, a capacidade instalada no Brasil já ultrapassou 207 GW em 2024, distribuídos por 256 novas usinas em 16 estados, abrangendo todas as cinco regiões do país. Minas Gerais liderou a expansão com 13 novas usinas, resultando em um aumento de 442,17 MW, seguido por Pernambuco, que adicionou 380,10 MW com quatro novas usinas.
O governo federal planeja investir cerca de R$ 3,2 trilhões no setor de energia nos próximos dez anos, de acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) para 2034. Este plano visa alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 7 da ONU, que busca garantir acesso universal à energia limpa, segura, sustentável e moderna para todos até 2030.
O Brasil continua a se firmar como um líder na geração elétrica a partir de fontes renováveis, como hidrelétricas, biomassa, energia eólica e solar. As previsões indicam que o país poderá atingir um nível de renovabilidade média de 86,1% em sua matriz energética ao longo da próxima década.
Além disso, estima-se que a autoprodução e a geração distribuída de eletricidade aumentem de 15% em 2024 para 17% em 2034, com um destaque especial para as contribuições das fontes renováveis, especialmente a biomassa e a energia solar. A aceleração do setor de energias renováveis no Brasil não apenas ajuda a diversificar a matriz energética do país, mas também fortalece o compromisso nacional com a sustentabilidade ambiental e a luta contra as mudanças climáticas.