No contexto do G20, é importante observar que a Arábia Saudita lidera o aumento das dívidas externas com um impressionante crescimento de 14%, totalizando US$ 344,8 bilhões (R$ 2,81 trilhões). A Índia, por sua vez, seguiu com uma elevação de 5%, alcançando US$ 682,3 bilhões (R$ 4,12 trilhões). Além destas nações, outros países como China, EUA e Reino Unido também registraram aumentos consideráveis em suas obrigações externas, embora em taxas variadas. Por exemplo, a dívida externa americana saltou para impressionantes US$ 26,9 trilhões, mantendo-se a maior do mundo.
Essa elevação das dívidas externas não é uma característica universal entre os membros do G20. O cenário é bastante diverso, com pelo menos oito países apresentando reduções em suas obrigações com credores internacionais. O Japão, a Rússia e a Coreia do Sul figuram entre os que conseguiram diminuir suas dívidas nos últimos tempos. O Japão, em particular, registrou uma diminuição de 7%, atingindo US$ 4,2 trilhões, enquanto a Rússia viu sua dívida cair para US$ 301,9 bilhões.
Esses dados refletem um panorama econômico complexo, onde a capacidade de gerenciamento das dívidas externas se torna crucial para a saúde financeira dos países. A situação do Brasil, que ocupa uma posição elevada entre os países com dívidas crescentes, levanta questões sobre sua sustentabilidade econômica a longo prazo e a postura que o governo pode adotar para enfrentar essa situação. O aumento da dívida externa traz à tona desafios como a vulnerabilidade financeira e a possibilidade de repercussões negativas sobre a confiança dos investidores e a posição econômica global do país. O tema continua a ser objeto de debate à medida que os gestores econômicos buscam equacionar crescimento e responsabilidade fiscal.