Brasil Registra 30 Mil Cavernas Após Descoberta da Gruta do Pica-Pau em Minas Gerais

Brasil Alcança Importante Marco com Registro de 30 Mil Cavernas

O Brasil acaba de atingir um marco significativo em termos de preservação e conhecimento ambiental: o registro de 30 mil cavernas e grutas em seu território. Esta notável conquista foi impulsionada pela recente inclusão da Gruta do Pica-Pau no Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas (CANIE), realizada pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (Cecav), ligado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Situada no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, em Minas Gerais, a Gruta do Pica-Pau é considerada pelos especialistas uma das mais relevantes descobertas do complexo. Seus atributos, que incluem vasta dimensão e volume impressionante, destacam a caverna entre as novas adições ao registro nacional. A instituição consultora Ativo Ambiental foi responsável pela documentação dessa gruta, que faz parte de um projeto de regularização fundiária estabelecido em um Termo de Compromisso de Compensação Espeleológica (TCCE) assinado entre o ICMBio e a mineradora Vale S.A.

Localizado no norte de Minas, o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu é um dos mais importantes complexos espeleológicos do mundo e foi reconhecido como Patrimônio Mundial Natural pela UNESCO. O parque abrange os municípios de Januária, Itacarambi e São João das Missões, refletindo a diversidade biológica dos biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. Estima-se que ele possa abrigar ainda mais 1,4 mil cavernas, o que ressalta o potencial de pesquisa e exploração desse patrimônio natural.

Além das grutas, o parque abriga 80 sítios arqueológicos, muitos dos quais apresentam pinturas rupestres que remontam a períodos entre 500 e 11 mil anos atrás. Com mais de 200 cavernas catalogadas, algumas disponíveis para visitação, o ICMBio tem promovido a pesquisa e o conhecimento sobre essas formações subterrâneas.

Em 2025, o ICMBio registrou cerca de 4 mil novas cavernas, superando a média dos últimos anos de aproximadamente 1,4 mil registros anuais. Essa ampliação no cadastro visa aprofundar o entendimento técnico e científico acerca dos ambientes naturais subterrâneos, que não apenas armazenam água e preservam minerais raros, mas também servem como habitat para diversas espécies e como laboratórios naturais para o estudo de fenômenos como as mudanças climáticas.

Este recente avanço no registro das cavernas brasileiras destaca a importância da conservação e da pesquisa científica na proteção deste legado natural e cultural que, além de enriquecer a biodiversidade, serve de base para futuras investigações que podem contribuir para a sustentabilidade e o equilíbrio ambiental.

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