Segundo Peled, ao tomar partido contra Israel, o Brasil compromete sua posição como potência regional ou global que poderia ter alguma influência na negociação entre as partes envolvidas. O diplomata israelense destacou que as declarações de Lula, que descreveu os acontecimentos em Gaza como um “genocídio”, são consideradas inaceitáveis por Israel.
Após a declaração de Lula, que comparou as ações de Israel aos nazistas de Hitler, o presidente foi declarado persona non grata por Israel. O chanceler israelense, Israel Katz, afirmou que a fala de Lula não seria esquecida ou perdoada, a menos que houvesse uma retratação pública por parte do presidente brasileiro.
Além das críticas a Lula, Peled também mencionou outras autoridades latino-americanas, como os presidentes da Colômbia e do Chile, por declarações consideradas antissemitas. No entanto, o foco principal das críticas recaiu sobre o presidente brasileiro, especialmente devido à colaboração do Brasil em operações de resgate de cidadãos brasileiros em Israel e Gaza.
Apesar das tensões, Peled expressou a disposição de Israel em acalmar a situação com o Brasil e restaurar as relações diplomáticas. Ele ressaltou a importância de retomar o diálogo e encontrar uma solução para as diferenças, destacando que as palavras e declarações têm consequências, e que é preciso agir para restabelecer a normalidade nas relações bilaterais.
Neste contexto, Peled enfatizou a necessidade de deixar de lado as declarações públicas e retornar aos canais diplomáticos para resolver os desentendimentos. Ele destacou a importância de manter o interesse mútuo das relações entre Brasil e Israel e de buscar uma solução que beneficie ambos os países.
Em suma, a situação delicada entre Brasil e Israel requer um esforço conjunto para superar as diferenças e retomar a normalidade nas relações bilaterais. A atuação diplomática se faz necessária para restabelecer a confiança mútua e promover um diálogo construtivo visando o bem-estar e a cooperação entre os dois países.