Brasil recebe 68 mil novos pedidos de refúgio em 2024, com aumento de 16,3% e maior parte de venezuelanos; 156 mil já reconhecidos como refugiados.



O Brasil passou por um aumento significativo no número de pedidos de reconhecimento da condição de refugiado em 2024, totalizando 68.159 solicitações até agora. Este dado, revelado em um relatório do Ministério da Justiça e Segurança Pública, representa um crescimento de 16,3% em relação ao ano anterior, 2023.

Desde 2015, o país se consolidou como um importante abrigo para pessoas em busca de proteção internacional, acumulando mais de 450 mil pedidos de refúgio provenientes de indivíduos de 175 nações diferentes. Até o final deste ano, o Comitê Nacional para Refugiados (Conare) reconheceu oficialmente a condição de refugiado para 156.612 pessoas, sendo que 13.632 desses reconhecimento ocorreram apenas em 2024.

Os dados também revelam que a imensa maioria dos refugiados reconhecidos é composta por venezuelanos, que representam impressionantes 93,1% das aprovações. Outros grupos significativos vêm do Afeganistão, Colômbia e Síria. Em relação aos pedidos realizados neste ano, os principais países de origem dos solicitantes são Venezuela, com 27.150 pedidos; Cuba, com 22.288; e Angola, com 3.421. Também são notados pedidos de cidadãos da Índia (3,1%) e do Vietnã (2,8%).

A análise demográfica dos solicitantes mostra que 59,1% eram homens, enquanto 40,9% eram mulheres. Uma parte significativa do grupo feminino, aproximadamente 24,3%, é composta por meninas com menos de 15 anos. Adicionalmente, o governo brasileiro tomou medidas para facilitar a reunificação familiar, aprovando 33.724 pedidos entre 2023 e 2024, o que indica um esforço para manter laços entre as famílias durante períodos de deslocamento e incerteza.

Esses números refletem a crescente necessidade de proteção e acolhimento de refugiados no Brasil, além de evidenciar o papel do país na promoção dos direitos humanos e na resposta a crises humanitárias globais.

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