Desde 2015, o país se consolidou como um importante abrigo para pessoas em busca de proteção internacional, acumulando mais de 450 mil pedidos de refúgio provenientes de indivíduos de 175 nações diferentes. Até o final deste ano, o Comitê Nacional para Refugiados (Conare) reconheceu oficialmente a condição de refugiado para 156.612 pessoas, sendo que 13.632 desses reconhecimento ocorreram apenas em 2024.
Os dados também revelam que a imensa maioria dos refugiados reconhecidos é composta por venezuelanos, que representam impressionantes 93,1% das aprovações. Outros grupos significativos vêm do Afeganistão, Colômbia e Síria. Em relação aos pedidos realizados neste ano, os principais países de origem dos solicitantes são Venezuela, com 27.150 pedidos; Cuba, com 22.288; e Angola, com 3.421. Também são notados pedidos de cidadãos da Índia (3,1%) e do Vietnã (2,8%).
A análise demográfica dos solicitantes mostra que 59,1% eram homens, enquanto 40,9% eram mulheres. Uma parte significativa do grupo feminino, aproximadamente 24,3%, é composta por meninas com menos de 15 anos. Adicionalmente, o governo brasileiro tomou medidas para facilitar a reunificação familiar, aprovando 33.724 pedidos entre 2023 e 2024, o que indica um esforço para manter laços entre as famílias durante períodos de deslocamento e incerteza.
Esses números refletem a crescente necessidade de proteção e acolhimento de refugiados no Brasil, além de evidenciar o papel do país na promoção dos direitos humanos e na resposta a crises humanitárias globais.