Em sua fala, o ministro enfatizou que é crucial apresentar evidências de que o Brasil não é a fonte dos problemas comerciais dos EUA. De acordo com Alckmin, os Estados Unidos enfrentam um déficit significativo de aproximadamente US$ 1,2 trilhão na balança comercial de bens. No entanto, ele destacou que com o Brasil, há um superávit comercial, o que indica que a denúncia de um “problema” no relacionamento comercial parece infundada.
Alckmin também ressaltou que, enquanto a alíquota média sobre as exportações de produtos americanos para o Brasil gira em torno de 2,7%, as tarifas impostas pelos Estados Unidos variam entre 10% e valores superiores, especialmente nos setores de aço, alumínio e automotivo. Ele qualificou a nova taxa de 50% como “totalmente equivocada” e sugeriu que, na verdade, o Brasil poderia estar argumentando contra o déficit que os EUA enfrentam na balança comercial.
Além disso, o vice-presidente abordou o tema da lei de reciprocidade, prometendo que um decreto regulamentar sobre a questão será publicado até a próxima segunda-feira. Ele enfatizou a necessidade de o Brasil proteger suas empresas, embora não tenha revelado se a discussão sobre patentes está em pauta. Alckmin indicou que a legislação de reciprocidade abrangia tanto tarifas quanto questões não tarifárias, reforçando o compromisso do governo em defender os interesses nacionais em um cenário de crescente tensão comercial.