Na prática, a realidade das diárias atraentes – prometidas pelo governo – se relaciona a um cenário em que muitas das delegações podem se sentir desencorajadas a participar do evento, dada a disparidade entre as promessas e os custos efetivos de hospedagem. Correia, tentando diminuir a preocupação, afirmou que os quartos estariam equipados com banheiro privativo e localizados em diferentes tipos de estabelecimentos, como hotéis, navios e propriedades particulares. Contudo, essa argumentação não parece convencer, já que na plataforma oficial de reservas, a maioria das opções oferece somente pacotes de longa duração, de até 10 dias, o que dificulta ainda mais a viabilidade.
Desse modo, a expectativa de acessibilidade se dissolve ao se observar que algumas opções exorbitantes podem até ultrapassar R$ 2 milhões durante o período da COP. Um exemplo chocante é o aluguel de um micro trailer em uma caminhonete, avaliados em impressionantes R$ 921 mil. A situação levanta questões sobre a real capacidade do Brasil de acolher adequadamente as delegações internacionais, especialmente em um evento tão significativo que busca o diálogo sobre questões climáticas globais.
Essa promessa do governo, que provocou reações desde um tom cômico até indignação, pode estar gerando uma percepção de que a realidade é menos uma oferta construtiva e mais uma piada de mau gosto. Em suma, enquanto o Brasil se prepara para receber o mundo, o que se observa é um ambiente de desconforto e especulações que podem comprometer a imagem do país em um fórum tão crucial quanto a COP30.









