Brasil prepara decreto para retaliação econômica contra tarifas dos EUA, anuncia Alckmin durante inauguração em São Paulo. Medidas devem ser regulamentadas até terça-feira.

Em um evento realizado em São Paulo, o vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou que o Governo Federal deve publicar um decreto relacionado à lei de reciprocidade econômica até a próxima terça-feira. Essa regulamentação permitirá ao Brasil responder proporcionalmente às tarifas elevadas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, uma medida que gerou preocupações no setor produtivo nacional.

Durante a inauguração do viaduto de Francisco Morato, Alckmin destacou a importância da lei de reciprocidade aprovada pelo Congresso Nacional, que estabelece diretrizes claras para a adoção de tarifas em resposta a medidas protecionistas de outros países. “O que é tarifado lá, será tarifado aqui”, afirmou, sublinhando que a regulamentação não se limita apenas a questões tarifárias, mas também abrange medidas não tarifárias, reforçando a necessidade de uma ação efetiva do governo diante das novas ameaças comerciais.

Ao comentar sobre o contexto atual, Alckmin classificou a taxação americana como “inadequada” e confirmou que o Brasil buscará mecanismos para reverter essa decisão, incluindo a possibilidade de recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC). Estabelecer um diálogo com o setor privado também está entre as prioridades do governo, já que a análise dos impactos econômicos da medida é essencial para formular uma resposta eficaz.

Além disso, um grupo de trabalho foi criado para investigar alternativas de negociação e avaliar possíveis retaliações. A criação desse grupo revela a determinação do governo em adotar medidas que protejam os interesses do Brasil, ao mesmo tempo em que considera as possíveis repercussões para a economia nacional.

No cenário econômico atual, no qual as relações comerciais são cada vez mais desafiadas, o Brasil se prepara para defender sua posição no mercado internacional e garantir um ambiente comercial mais equilibrado. O decreto que está por vir poderá representar um passo significativo nessa direção, refletindo a luta do país para manter-se competitivo e livre das imposições unilaterais que levantam barreiras ao comércio justo e à cooperação internacional.

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